Aumento entre o primeiro trimestre de 2017 e o de 2018 foi de 15%. Secretaria anunciou ações para diminuir números envolvendo o crime no Rio e Região Metropolitana. Mês foi o primeiro com a intervenção federal na área de segurança.
O mês de março foi o mês com mais roubos de veículos registrados no estado do Rio de Janeiro desde 1991. Os dados são do Instituto de Segurança Pública do Rio, divulgados nesta terça-feira (17). O número foi de mais de 5,3 mil roubos, 6% a mais do que os 5 mil de março de 2017. Na comparação entre o primeiro trimestre de 2017 e o primeiro trimestre de 2018, o aumento é de 15%. Os dados foram apresentados inicialmente pela GloboNews.
Foi o primeiro mês integralmente com a intervenção federal na área de segurança em andamento. Segundo o Instituto de Segurança Pública, as áreas que apresentaram o maior aumento foram as áreas do 41º BPM ( Irajá), 39º BPM (Belford Roxo) e 7º BPM (São Gonçalo) com, respectivamente, 317, 196 e 75 roubos de veículos a mais.
“O roubo de veículo é um tipo de crime que a gente observa aumentos expressivos, e a gente agora está vendo que é um fenômeno que não arrefeceu e segue muito forte”, afirmou Joana Monteiro, presidente do Instituto de Segurança Pública, em entrevista à Globonews.
Recentemente, foi criado um grande esforço de combate ao roubo de veículos em vários pontos da cidade e da região metropolitana.
“No caso dos roubos de veículo, são crimes que ocorrem de 18 às 0h, são roubos em locais com diminuição de velocidade, locais escuros e onde fica fácil a abordagem de veículos”O número de roubos de carga em março foi de 917, apenas 60 a menos do que em janeiro, com 977 registros. As comparações com 2017 não foram feitas pelo ISP porque, com a greve da Polícia Civil entre janeiro e abril, o órgão considera que pode ter havido subnotificação.O número de homicídios dolosos aumentou de 498 em março de 2017 para 503 em março de 2018, um aumento de 1%.
Outros dados
A letalidade violenta (com índices formados por dados de Homicídio Doloso, Latrocínio, Homicídio Decorrente de Oposição à Intervenção Policial e Lesão Corporal Seguida de Morte) caiu 1% entre os primeiros trimestres de 2017 e 2018: 1846 em 2017 e 1806 em 2018. O mês de março registrou 636, contra 655 no mesmo mês de 2017.
Os homicídios decorrentes de oposição à intervenção policial apresentaram queda de 11,4% em março no estado. Este ano foram registradas 109 mortes, ou 14 a menos do que o mesmo período do ano anterior. As Áreas Integradas de Segurança Pública que apresentaram a maior queda foram as AISP 15 (Duque de Caxias), 05 (Gamboa, Centro (parte), Santo Cristo, Saúde, Lapa, Paquetá e Santa Teresa) e 22 (Benfica, Bonsucesso, Higienópolis, Manguinhos, Maré e Ramos) com oito, sete e cinco mortes a menos, respectivamente.
Os maiores aumentos foram registrados nas AISPs 21 (São João de Meriti), 23 (Rocinha, Ipanema, Leblon, Gávea, Jardim Botânico, Lagoa, São Conrado e Vidigal) e 20 (Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis) com, respectivamente, seis, seis e quatro vítimas a mais.
Intervenção
De acordo com os dados do Instituto de Segurança Pública, a região da Vila Kennedy, onde houve operações frequentes das Forças Armadas, teve melhora nos indicadores. Na área da 34ª DP (Bangu, Gericinó, Padre Miguel, Senador Camará e Vila Kennedy), o indicador letalidade violenta registrou o menor número de vítimas para o mês de março desde o início da série histórica: foram dez vítimas, ou sete a menos em relação a março de 2017.
Os números de roubos de veículos na região também diminuíram: a área registrou o menor número desde fevereiro de 2017. Foram 148 roubos de carros, ou 22 a menos em relação a março do ano anterior.


